quarta-feira, 30 de abril de 2008

OBITUARIO – 01 de Maio de 1994 a 2008-05-01


É bom recordar aqueles que por alguma razão nos tocaram especialmente ao longo da vida.

Neste dia 01 de Maio de 1994, morre, vitima de acidente de viação, no circuito automóvel de Imola, em Itália, o para mim, maior piloto de formula um de todos os tempos, Ayrton Senna da Silva.

Simplesmente o meu grande ídolo do automobilismo. Depois dele só recordações...

Passaram 14 anos, mas parece que foi hoje!!!

Obrigado Senna...

http://www.geocities.com/MotorCity/1323/

COMO SE COME BEM NO PALACIO DE BELÉM

No último almoço com Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, neste domingo que passou, éramos apenas 5 convivas. Ele, eu, e outros três. Calhou ficar a seu lado, mas costumo ficar de frente, prefiro. Começámos com Carpaccio de Atum Fresco Albardado com Coentros Regado com Vinagrete de Pimentos, o qual suscitou genuíno entusiasmo. Seguiu-se Peito de Pato Lacado com Mel Sobre Batata Gratinada com Queijo da Ilha, provocando polémica precisamente por causa do Queijo da Ilha. A paz aterrou sob a forma de Pastéis de Toucinho do Convento da Esperança. E foi por me ter recordado da conversa sobre o Queijo da Ilha com sabor a pato, e ainda com meio pastel na boca e perdigotos kamikaze prontos para levantar voo na direcção do pulôver amarelo do anfitrião, que me virei para ele e disse Olha lá, ó Cavaco, mas para que é que os jovens se hão-de interessar por política e por História de Portugal e o camandro que para lá disseste na Assembleia, quando o seu Presidente vai à Madeira, leva bailinho dum merdas que só diz merda, e volta com o rabo entre as pernas? Ficou tudo a olhar para mim, atónitos, porque se davam conta de ter eu comido o último pastel. E foi então que Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, aparentemente imune à crise dos postres, me perguntou com oportuno sentido do meu estado, Cafezinho?

In: Aspirina B

RÚSSIA TEM QUATRO DOS LUGARES MAIS POLUÍDOS DO MUNDO

“10 áreas mais sujas podem causar doenças e defeitos congênitos em 12 milhões de pessoas”

Quatro dos lugares mais poluídos do mundo ficam na Rússia e em duas antigas repúblicas soviéticas, disse o Instituto Blacksmith, um grupo ambiental independente com sede em Nova York.
Os dez lugares mais poluídos, que ficam em sete países, podem prejudicar a saúde de 12 milhões de pessoas, provocando desde asma e outras doenças respiratórias até defeitos congênitos e a morte prematura, afirmou a entidade.
A china e Índia têm dois lugares cada uma na lista. A Rússia também tem dois, e os outros quatro estão no Peru, na Ucrânia, no Azerbaijão e ma Zâmbia.
“Esses lugares estão sugando a força das populações que os cercam, e não é preciso ciência muito avançada para resolver o problema”, disse Richard Fuller, fundador e diretor do grupo, numa entrevista coletiva.
Segundo ele, projetos simples de engenharia podem tornar muitos dos lugares seguros para a saúde, mas que frequentemente faltam vontade política, dinheiro e capacidade técnica.
O relatório lista também os 30 lugares mais poluídos. Na América Latina, são citados a Cidade do México, pela poluição atmosférica, duas minas no Peru e a bacia Matanza-Riachuelo, na Argentina. A cidade paulista de Cubatão, que constava da lista dos 30 mais poluídos em 2006, não aparece este ano.
A bacia do rio Matanza-Riachuelo sai do oeste de Buenos Aires e deságua no estuário do rio da Prata. O relatório cita a contaminação de crianças por chumbo e por cloro, além de problemas dermatológicos e respiratórios. A poluição é causada por lixo industrial, pelo esgoto e por lixões à beira do rio.
Da lista dos dez mais poluídos, os que pertencem à ex-União Soviética são Dzerzhinsk, um dos principias centros de armas químicas do fim da guerra fria, na Rússia; Chernobyl, local do pior acidente nuclear da historia, em 1986, na Ucrânia, Norilsk, um centro de mineração e fundição na Rússia; e a cidade de Sumgaiyt, no Azerbaijão, onde a contaminação é por lixo industrial.
Linfen, na China, fica no coração da industria de carvão do país, que está em expansão. Tianjin, por sua vez, é uma das maiores bases de produção de chumbo da China.
Em La Oroya, no Peru, a mineração também provocou contaminação por metais pesados, que afeta 99% das crianças, segundo o levantamento. Em Kabwe, na Zâmbia, o problema é semelhante. Na Índia, os locais poluídos são Sukinda, por causa da mineração, e Vapi, por lixo industrial.
O instituto, que elaborou o relatório em conjunto com a Cruz Verde da Suíça, não classificou os dez locais entre si por causa de variações nas informações de cada país.
A ex-União Soviética responde por dez locais na lista dos 30 mais poluídos; a China tem seis. A lista anual foi compilada com a ajuda de especialistas da Universidade de Harvard, da Universidade Johns Hopkins, do Hunter College em Nova York, do ITT, da Índia, da Universidade de Idaho, do Hospital Mount Sinai em Nova York, entre muitos outros.

TOP 10 DA POLUIÇÃO MUNDIAL

1º - Sumgayit, Azerbaijão
Fonte de poluição: petroquímicos e complexos industriais.

2º - Chernobul, Ucrânia
Fonte de poluição: resíduos de acidente com reator nuclear.

3º - Dzerzhinsk, Rússia
Fonte de poluição: deposito de armas químicas da guerra fria.

4º - Norilsk, Rússia
Fonte de poluição: centro de mineração e fundição.

5º - Linfen, China
Fonte de poluição: coração da industria de carvão.

6º - La Oroya, Peru
Fonte de poluição: mineração e metais pesados.

7º - Kabwe, Zâmbia
Fonte de poluição: mineração e metais pesados.

8º - Vapi, Índia
Fonte de poluição: lixo industrial

9º Sukinda, Índia
Fonte de poluição: poluição causada pela mineração.

10º - Tianjin, China
Fonte da poluição: produção de chumbo.

domingo, 27 de abril de 2008

OS PORTUGUESES NÃO SÃO INGENUOS

Os portugueses não são ingênuos, nem parvos, e já perceberam onde estão metidos, e onde se enterram cada vez mais, sempre que apostam em ‘pessegadas’ tipo “As aventuras e facilidades do Guterres” ou “As mil e uma promessas do Sócrates”, “As apostas na Lavora do Portas” e o “Pais virtual do Santana”, sem esquecer a imaginaria “Aventura do Chene no país do bacalhau a pataco”.

Chegou a altura de assumirem que tem que viver de acordo com o que realmente existe, e que é importante preservar o pouco ou muito que ainda existe, e assim viver de acordo com esse padrão.

A Drª Manuela Ferreira Leite, com toda a sua inegável capacidade, e falta de delicadeza nalguns predicados mais difíceis de exercitar, pode ser a “Dama de Ferro” que o País tanto necessita.

Recorda-se por certo odo o mundo, que no Reino Unido a; sua estampa original, (T) era precisamente a mesma imagem de austeridade, rigor e competência, e que a Inglaterra mal ou bem, com mais ou menos uso da força, entrou nos carris...

Porque não em Portugal, algo idêntico?

Honda

Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido.
O homem desiste? Não!
Volta a escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o taxavam de 'visionário'. O homem fica chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída.
O homem se desespera e desiste? Não!
Reconstrói sua fábrica.
Mas, um terremoto novamente a arrasa.
Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.
Ele entre em pânico e desiste?Não!
Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas.
Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas 'bicicletas motorizadas”.
A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria.
Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção.
Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país.
Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria da automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro.
Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
'Quem sabe faz a hora, não espera acontecer'!
Você pode estar a um passo do sucesso e da sua realização.
Dê mais um passo, trabalhe mais, acredite mais uma vez, levante a cabeça, acredite mais em você, ame, sorria, persista mais um dia.
O Ontem é história, o Amanhã ainda não existe, só temos o Hoje.
Vamos persistir somente Hoje e esquecer o Ontem que já morreu e o amanhã que ainda não nasceu.

sábado, 26 de abril de 2008

A PESSEGADA NO PPD/PSD CONTINUA...

O PPD/PSD continua em grande nesta fase de pré-decisão sobre a eleição do futuro líder.
Agora temos a voz avalizada de Castanheira de Barros, que tem largo peso na maquina Social Democrata, e apóia Alberto joão jardim, para mais uma pêssega política.
Realmente este Castanheira de Barros tem um peso grande na estrutura, como se pode comprovar pela sua candidatura de Setembro passado, que constituiu um grande êxito...


PSD
Castanheira Barros apoia Jardim por dar «maior garantia de sucesso eleitoral»
O social-democrata Castanheira Barros, que ganhou notoriedade na luta contra a co-incineração, defende que Alberto João Jardim deve ser o próximo presidente do PSD porque o líder do governo regional da Madeira oferece garantias de sucesso eleitoral

Castanheira Barros apresentou-se como candidato à liderança do PSD em Setembro de 2007, mas acabou por não conseguir reunir as 1.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura.

In: Sol

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A VOLTA DOS VELHOS DO RESTELO

De vez em quando alguns dos chamados ‘Velhos do Restelo’ voltam a atacar na política nacional, como é agora o caso de Mira Amaral, um dos mais tristes exemplos, com o seu famoso caso da reforma milionária, para além do seu muito enevoado percurso pessoal.

Que o PPD/PSD tenha a sábia atitude de afastar do seu caminho figuras da velha linha do tipo Mira Amaral, e de Pedro Passos Coelho, um jovem/velho que faz da política a sua máxima razão de viver e só muito recentemente soube governar a sua vida graças a um; outro mister diferente, que não viver de e para a política.

Pedro Passos Coelho representa muito bem o que de pior a juventude da JSD fabricou para a sociedade portuguesa, e para a política nacional.

O PPD/PSD está hoje no estado lastimável em que o podemos observar, graças a figuras como Pedro Passos Coelho, e muitos outros que ainda por ai andam á solta em autarquias e distritais do partido.

João Massapina


Mira Amaral diz que só Passos Coelho pode «rejuvenescer» o partido

Mira Amaral disse esta terça-feira que, se estivesse na política activa, apoiaria Pedro Passos Coelho à presidência do PSD por ser o único capaz de «rejuvenescer» o partido. Sobre a candidatura de Manuela Ferreira Leite, o ex-ministro da Indústria diz não lhe reconhecer capacidade de liderança.

Mira Amaral, ex-ministro da Indústria num dos governos de Cavaco Silva, disse hoje que, se estivesse na política activa, apoiaria a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD.

Em declarações à TSF, Mira Amaral considerou que Passos Coelho representa a única candidatura que pode «rejuvenescer» o partido.

No entender de Mira Amaral, Manuela Ferreira Leite «não tem as qualidades necessárias» para liderar o partido, sublinhando que «é preciso muito mais do que saber de contabilidade pública».

Sobre uma eventual candidatura de Pedro Santana Lopes, Mira Amaral considerou que seria um «erro grave» o regresso do antigo primeiro-ministro.

À TSF, Mira Amaral esclareceu ainda que, nesta altura, não está na politica activa, nem pretende regressar a ela, pelo que não vai participar na campanha para as directas.

BLAIR SEM BILHETE…

O ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair foi flagrado á poucos dias viajando num comboio sem o respectivo bilhete e sem dinheiro para pagar a passagem.

Esta noticia foi divulgada pelo reputado jornal “Daily Mail” que aproveitou para também informar que Blair ganha cerca de 800 mil por ano, e que o bilhete em custava a módica quantia de cerca de: 35.

Se a moda do “Caloteiro” pegar por cá, ainda vamos um dia destes, poder encontrar o Santana Lopes sem bilhete no elétrico da Graça, ou o Guterres a ser colocado fora da carreira para Chelas...

Ser Caloteiro, não rima muito bem com governante. O que rima mesmo é “Esquecido”...

CANDIDATOS PARA O MUNDO...

O PPD/PSD esta a viver um momento de verdadeiro estado de sitio, com o surgimento de candidatos á sua liderança para todos os gostos.
A candidatura de Neto da Silva, é um bom exemplo do desnorte que reina no maior partido da oposição, com um candidato que é mais para o Mundo que para o Partido e para o País.
A importância que transmite no momento político, é para este candidato a analise e discussão de temas tão importantes como a globalização, fundamentalismo islâmico e o desenvolvimento sustentável. Ou seja; numa fase mais avançada, não admira ninguém que não venha a terreiro analisar questões locais como; globalização da Madeira, independência do Algarve face á Regionalização, autonomia das Berlengas, fundamentalismo alentejano, ou o desenvolvimento da costa vicentina face ao poderio marítimo dos Açores.
Sobre assuntos concretos como o serviço nacional de saúde, economia, integração européia, sistema de ensino, segurança, imigração, não tem pelos vistos a; mais, pequena idéia, pois o seu mundo começa em Bagdad, com os problemas do fundamentalismo.
Realmente o PPD/PSD esta em grande com a apresentação deste tipo de candidaturas...

‘João Massapina’


PSD: Neto da Silva vai manter a candidatura à presidência

O economista Neto da Silva disse hoje à Lusa que vai manter a candidatura à presidência do PSD, apesar de reconhecer que a vitória será mais difícil após o anúncio de candidatura de Manuela Ferreira Leite.
«É uma pessoa de quem gosto muito, mas com ideias muito mais na área da economia», disse à agência Lusa Neto da Silva, a propósito do anúncio de Manuela Ferreira Leite de que vai candidatar-se à liderança do PSD.
«É muito difícil ganhar, sobretudo agora que Manuela Ferreira Leite se vai candidatar», disse, adiantando que escolheu o «caminho mais difícil» para alterar o partido e o país.
O economista, que apresentou no dia 23 à tarde oficialmente a sua candidatura, disse que tem «contributos importantes a dar ao país, diferentes dos que foram apresentados até agora pelos candidatos» conhecidos.
Na opinião de Neto da Silva, mais importante que discutir os valores do défice e politica interna é necessário «discutir ideias».
O candidato à liderança do PSD disse possuir uma visão «muito clara do Mundo», salientado a necessidade de se discutir as questões da globalização, fundamentalismo islâmico e o desenvolvimento sustentável.
«Se ganhar, excelente. Poderei dar um aporte ao país e à Europa superior aquele que tenho ouvido por parte dos outros candidatos», referiu.
Lusa

DEPENDENDO DO DIA...

Dependendo do dia da semana, o Deputado do PPD/PSD, Jorge Neto, faz de Deputado, ou de assalariado do Banco, que o mesmo deputado investiga, no dia seguinte.

Na realidade o ilustre Deputado, pode dizer-se que ás Segundas, Quartas e Sextas feiras; comparece na Assembléia da Republica, paga por todos nós, e faz as vezes de líder da Comissão de Orçamento e Finanças, e ás; Terças, Quintas e Sábados, veste a toga e passa a assessorar o Grupo Banco Português de Negócios, agora pago pela entidade particular.

Quem sabe ao Domingo, se não consegue tratar dos dois lados ao mesmo tempo, para que a semana seguinte lhe corra bem... e consiga levar a água ao moinho dos dois lados ao mesmo tempo!

Portugal tem cada situação, mais ridícula, e atentatória da transparência e limpidez de processos...


Líder da comissão de Finanças da AR presta assessoria a banco


O deputado social-democrata Jorge Neto, líder da Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República (AR) tem vindo a prestar assessoria jurídica ao Grupo Banco Português de Negócios (BPN)/Sociedade Lusa de Negócios (SLN), entidade que está sob investigação das autoridades de supervisão e do Ministério Público, no âmbito da Operação Furacão, refere o jornal Público esta terça-feira.
A ligação de Jorge Neto ao BPN «é coincidente com as suas funções de presidente da Comissão de Orçamento e Finanças na qual, no âmbito das audições do caso BCP, foi decidida a abertura de um inquérito para analisar a supervisão do sistema bancário, segurador e do mercado de capitais», observa o jornal.
O grupo BPN encontra-se «sob os holofotes dos supervisores financeiros», que pretendem ver clarificadas as relações accionistas, os negócios que a SLN (a holding) possui com o banco, e determinar a quem pertencem as sociedades off-shore criadas para realizar operações financeiras.
O diário afirma que Jorge Neto, ex-secretário de Estado da Defesa no Governo de Santana Lopes, tem dado assessoria ao BPN, «sendo considerado um colaborador de confiança de Oliveira e Costa, que recentemente se demitiu de CEO. A assinatura de Jorge Neto consta mesmo de alguns pareceres encomendados pelo BPN».
Contactado pelo Público, o deputado começou por dizer que não trabalhava no BPN, mas admitiu estar ligado à Real Seguros, detida a 100 por cento pelo banco. «Sim, confirmo que trabalhamos desde há dois anos para a Real Seguros, mas acho que já não trabalhamos ou estamos em vias de deixar de trabalhar», disse o deputado.
Acrescenta ainda a mesma fonte, Jorge Neto explicou que um dos sócios do gabinete de advocacia, Jorge Neto, J. Carlos Silva & Ass., ia passar a trabalhar directamente com o grupo BPN.

MAS QUE TRAMPA DE DEMOCRACIA...

Com a ratificação realizada pelo Parlamento nacional, do famigerado Tratado de Lisboa, sem dar a palavra diretamente aos Portugueses, podemos considerar com toda a propriedade, que a DEMOCRACIA deu o seu ultimo suspiro.

Os portugueses passaram em definitivo, a ser considerados uns simples verbos de encher, que apenas são chamados de quando em vez, para nomear, e não eleger, uns quantos cavalheiros e damas, para ocuparem umas cadeiras em São Bento, lerem uns jornais, darem duas de conversa e beberem uns cafezinhos para além de umas passeatas á conta dos euros sonegados dos nossos vencimentos, a que chamam pomposamente de impostos.

Os ‘Portugas’ servem para votar charadas como o referendo do Aborto, ou a Regionalização, mas para definirem o seu futuro em termos gerais, são considerados ANALFABETOS e impedidos de dar diretamente a sua opinião.

E ainda chama a isto DEMOCRACIA?

Mas que democracia de Merda é esta que não confia nas decisões dos seus cidadãos???

Se isto é DEMOCRACIA eu então prefiro rapidamente a DITADURA!

João Massapina



Parlamento português ratifica Tratado de Lisboa nesta quarta
Lisboa, 22 abr (Lusa) - O Parlamento português vai ratificar nesta quarta-feira o Tratado de Lisboa, assinado em 13 de dezembro de 2007, na capital portuguesa.

O novo tratado da União Européia (UE) pretende substituir o projeto de Constituição, rejeitado em 2005 por franceses e holandeses, e facilitar o funcionamento das instituições comunitárias. Para entrar em vigor, o documento precisa ser ratificado por todos os Estados-membros do bloco.

PPD/PSD: PARA VARIAR, PRONÓSTICOS ANTES DO JOGO

Vou romper com as mais finas tradições lusitanas e atrever-me a fazer prognósticos antes do jogo no PSD.

A Dra Manuela Ferreira Leite continuará a divertir-se dando corda aos que lhe telefonam, para depois repetir em público que estão todos doidos se acham que ela se mete nestas alhadas, isso é que era bom.

Aquele senhor importante lá de Londres voltará a mandar uns mails para os dois jornalistas que ainda lhe ligam, reafirmando pela centésima décima nona vez que ainda não perdeu a esperança de um dia alguém se lembrar dele no partido (desculpem, nunca fixei o nome).

Vozes de vários quadrantes virão dizer que Pedro Passos Coelho avança para ganhar e que Pedro Passos Coelho avança para perder 2009 porque é a garantia de poder ganhar 2013. O facto de Passos Coelho ser dos políticos mais antigos e quadradões da política nacional, onde leva 30 anos de glorioso currículo, não evitará que se tente passar a mensagem da “ruptura geracional”. O facto de Passos Coelho não ter, sequer, ficha na Wikipedia (ou no site da Juventude Social Democrata, o que é quase a mesma coisa), quanto mais obra que possa mostrar ou cargos por onde tenha passado, também não será impedimento, bem pelo contrário, o marketing falará do “jovem” “impoluto”, da “renovação” e outras xaropadas (você acha normal que se subscreva para líder um candidato “que não esteja condicionado pela vida interna do PSD nos últimos anos“, como fez Miguel Relvas? Eu não acho normal nem pode vir nada de bom de uma candidatura assim). Já li algures que ele seria o “Barack Obama” do PSD — que coisa infeliz para lhe chamarem, coitado, tem mesmo azar com o marketing.

(Aliás, é mesmo isto que penso de Passos Coelho: tem azar com os apoiantes, os momentos, o marketing, seja o que for, ele tem azar com a coisa; mas acho-o simpático.)

O Dr Pacheco Pereira dirá muitas coisas no Abrupto, um desafio que logo dará entrada nos entusiasmados gabinetes de análise criptográfica, onde irá ocupar os melhores cérebros durante os próximos 20 anos, embora sem qualquer compromisso de desvendarem os seus inúmeros segredos para a vida política mundial (e para qualquer outro problema da Humanidade e dos Marcianos, estou confiante!) — o que em termos práticos é igual ao litro porque já ninguém no partido lhe liga hoje, quanto mais daqui por 20 anos, na hipótese de o terem conseguido decifrar.

O Dr Miguel Cadilhe responderá, educadamente, ter a certeza que o PSD ultrapassará esta crise — revelando uma curiosa e divertida paciência para com os jornalistas minimais repetitivos que farão sempre a mesma pergunta estúpida de cada vez que o encontrarem, nem que seja no supermercado (curiosa porque nos seus tempos de ministro não era tão paciente.)

O Dr Santana Lopes vai ficar calado durante as próximas 48 horas; devo confessar que é o meu prognóstico mais arriscado.

O Dr José Pedro Aguiar Branco desistirá a favor de Manuela Ferreira Leite.

O Dr José Pedro Aguiar Branco desistirá a favor de Rui Rio.

O Dr José Pedro Aguiar Branco desistirá a favor de Marcelo Rebelo de Sousa.

(Continuarei a tentar encontrar um candidato a favor do qual Aguiar Branco não desista, tenha o leitor esperança!)

Na Conversas de Marcelo mais televistas de sempre, esta noite, Marcelo Rebelo de Sousa anunciará com voz grave que não é candidato. Hoje. Não. Esclarecerá, Se. Será. Candidato. Para. A. Semana. “Facto” que será ampla e repetidamente aproveitado a partir do dia seguinte nos jornais e na blogosfera — mas vão por mim, que tenho fontes seguríssimas, porque afastadas do Professor, que não será de todo em todo candidato antes do PSD levar no toutiço à grande e à francesa em 2009. E depois também é pouco provável. Vamos ver.

Dentro de 15 dias Luís Filipe Menezes “reconsiderará” e aceitará regressar, para bem dos exaustos jornalistas que nessa altura já terão corrido todos os militantes activos do PSD como possíveis candidatos e nas Redacções pondera-se o que será melhor para vender papel, recomeçar a lista do princípio ou inovar um pouco, indo aos militantes não-activos (Francisco Pinto Balsemão invocará a idade e, mais esperto, Dias Loureiro mudou de telemóvel mal soube que Menezes se demitiu).

In: Tubarão Esquilo

DISPONIVEL PARA O COMBATE

Santana Lopes, ai esta!

Novamente ao seu melhor estilo:

“... disponível para o combate!”

Se alguma duvida pudesse ainda existir, ficou totalmente esclarecida, e confirma-se assim que este momento político de PPD/PSD promete muita emoção, e pouca razão...

Esperemos que os militantes, únicos responsáveis pela escolha de um líder, saibam pensar com a cabeça, para que Portugal possa ter uma oposição á altura, e assim o verdadeiro combate político se processe no local próprio!

SÓ UM BOCADINHO, POR FAVOR, QUE; O SOCRATES QUER VOLTAR JÁ…

Só um bocadinho de intervalo, por favor; na política reformista, e de aperto do cinto dos portugueses. Este é o lema de José Sócrates; uns meses de tréguas, para tentar que os portugueses entendam isso como um fim dos ataques ás suas liberdades e garantias. Um fim que na realidade não o é, mas sim um intervalo para assegurar a manutenção do eleitorado que permite sonhar com uma nova maioria, para mais 4 anos do mesmo que tivemos até hoje, com este governo socialista, mascarado de liberal.
A imagem disto mesmo, é; o constante anuncio de obras programadas; a paz negociada com a justiça, com os professores, com os médicos, com os enfermeiros, com as forças de segurança, e outros setores mais críticos e eleitoralmente determinantes da sociedade.
Assim; até as eleições de 2009, o Governo vai hibernar numa política de não agressão, de muita paz, concórdia e amor. A chamada política do cinismo temporizado, tão bem utilizada por Cavaco antes de 1991, e depois abandonada para a corrida de 1995, que deixou o país então entregue á “picareta falante” com os resultados pantanosos de todos muito bem conhecidos, e que até hoje ainda nos deixam as narinas cheias de intenso odor de acido sulfúrico.
O maior partido da oposição, o PPD/PSD, desde que perdeu Cavaco, como líder, nunca mais voltou a ter o carisma necessário para arrastar as multidões, e a vitória de Sócrates ficou a dever-se mais á derrota do folclórico Santana, que á verdadeira proposta credível de Sócrates para com os portugueses.
Mais de uma dúzia de anos se passaram, e aquilo a que assistimos no interior do maior partido da oposição, na era pós Cavaco, tem sido uma constante mutação de lideres, cada um com piores características governativas, que o anterior, mas vestindo todos eles a toga de líderes temporários.
Agora, projeta-se o surgimento desde já de uma líder; Manuela Ferreira Leite, e se bem que eu pessoalmente considere que as suas passagens tanto pela área da Educação como pelas Finanças foram assim como que; pouco mais que amorfas, sendo que a senhora, de realmente positivo tem o sentido da teimosia ns suas idéias fixas, isto pode trazer realmente algo de novo á política nacional, uma vez que as diferenças entre ela e Sócrates pouco mais são que o uso de calças por um e de saias por outro.
Esta similitude de oportunidades e teimosias pode refletir-se no eleitorado, na hora da decisão de escolher entre um, ou outro, independentemente das cores políticas, rosa e laranja de cada um.
Os portugueses; face á situação que atualmente vivem no dia a dia, cada vez menos olham para as cores do cartaz da propaganda, e sim para o conteúdo daquilo que pode representar votar na Maria ou no José.
Por outro lado; não nos podemos esquecer que: o eleitorado raramente gosta de tradicionalismos, e adora novidades, portanto, não seria de estranhar muito se com uma simples pré-campanha de lançamento de intenso charme e simpatia, aliada a companheiros de jornada que transmitam confiança ao eleitorado. A senhora Dona Manuela, pode mesmo não nos surpreenda a todos com um resultado bem acima das suas potencialidades e perspectivas atuais, tornando-se assim na primeira, primeira-ministra que chega ao governo por via de eleições, e não por simples nomeação do Presidente, como aconteceu com Maria de Lurdes Pintassilgo..
Quem sabe se; o apagar momentâneo, e estratégico da chama reformista de Sócrates, não pode assim trazer, mais intranqüilidade política ao Partido Socialista, do que a inicialmente esperada. E abrir espaço para o surgimento de um novo projeto de ruptura, capaz de galvanizar os muitos descontentes com as políticas atuais, que decidam arriscar numa mudança na continuidade descontinua de um PPD/PSD que se; arrisca ao não aproveitar esta oportunidade de; conseguir transmitir mais uma vez credibilidade e confiança, a dessa forma se ver montando cada vez mais no ‘alazão’ de partido simplesmente com vocação para não governar, mas para fazer eternamente de cabeça de oposição.
Veremos o que o futuro próximo nos reserva, mas; como observador isento e externo prevejo que se bem aconselhada e acompanhada, a Dona Manuela, pode vir a ser um osso muito duro de roer durante os momentos de intervalo governativo de Sócrates... chegando ao ponto de poder transformar esse bocadinho de espera numa eternidade...

‘João Massapina’

TEM LELLO QUE É CEGO

Há dois dias que a imprensa questiona como foi possível que a direcção do Boavista tenha sido enganada pelo conto do vigário do “investidor” Sérgio Silva? Curioso, mais a mais quando este vigarista patusco não retirou um cêntimo ao clube. Bem mais interessante, e relevante, parece-me tentar perceber como é que a família Loureiro foi enganando as contas do clube durante anos, nomeadamente o presidente do conselho fiscal, obrigado a avalizar investimentos que lesaram e descapitalizaram o clube em dezenas de milhões de euros, sem que ninguém desse por nada. Essa é que é a pergunta que eu gostava de ver respondida, de preferência pelo actual presidente do conselho de administração da Assembleia da República, o deputado do PS José Lello, e presidente do Conselho fiscal do Boavista durante o consulado da família Loureiro e que agora transitou para a Mesa da Assembleia Geral do clube. O mesmo que até fez uma auditoria às contas de 2004, quando começaram a surgir as primeiras dúvidas sobre a veracidade das finanças axadrezadas, mas nunca se apercebeu de nada. Mesmo para o habitualmente baixo nível de clarividência de José Lello, não deixa de ser comovente tanta “ingenuidade”.

In Arrastão

terça-feira, 22 de abril de 2008

O FIM DE UM CRAPULA...

No decorrer das minhas várias lutas políticas, algumas situações mereceram a minha mais larga atenção, pelo que representavam de atentado ás mais elementares liberdades e direitos. Uma delas foi a questão da gestão da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, por parte de um determinado grupo político, em que pontificava, e ainda pontifica por enquanto, como amancebado político, o senhor Julio Freire.
Indivíduo muito especial, de falinhas mansas, que se auto-intitula doutorado, mas que na realidade nunca obteve canudo algum e que é um autentico vira casacas, com um passado muito enevoado. Passado de onde subresaiem a sua parceria com um conhecido padre com tendências sexuais duvidosas, passou depois a ser um lutador de aviário da democracia, e a escarnecer a igreja católica, e existe mesmo quem no Barreiro reconheça publicamente nele, alguém que entregou por delação, camaradas seus á; antiga PIDE/DGS, para conseguir livrar a sua pele da tortura. E pelo menos da fama não se livra, e várias figuras anti/fascistas como o Engenheiro Álvaro Ribeiro Monteiro, apontam a sua imensa desconfiança nessa personagem. Depois militou no PCP para se firmar como Vereador na Câmara Municipal do Barreiro, onde deixou um largo rastro de má gestão, nomeadamente em questões como a das águas e transportes coletivos, para além de uma Câmara Municipal á beira da ruína e caos financeiro, de que só mesmo o doutor Pedro Canário pode descrever o quanto teve que trabalhar enquanto Presidente, e as suas equipas, para conseguir reverter a situação.
A imagem de sonhador com “Tachos” levou-o á assumir a militância no Partido Socialista, após passar a ser considerado persona não grata no Partido Comunista Português, e gritar alto e bom som, em conhecidos locais públicos, que iria ser alguém muito importante e determinante no Barreiro.
Chegou á direção da Santa Casa da Misericórdia, como um prêmio de recompensa do Partido Comunista, como se fosse uma reforma dourada, e logo virou as costas, e se filiou no Partido Socialista, que parecia estar a ser um atrativo maior de regresso ao poder.
O Partido Socialista tornou a sua pessoa um autentico “prostituto” e utilizou como melhor quis e soube o Jornal do Barreiro, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, como descarada correia de transmissão dos seus projetos, para assim ter mais um veiculo de propaganda. Mesmo o Bloco de Esquerda e até mesmo algumas figuras do PPD/PSD se serviram do jornal, que viveu momentos de autentico pasquim, para assim fazerem propaganda das suas idéias políticas. Muitas vezes o Jornal mais parecia uma folha política, que um Jornal Regional.
Logo que possível, limpou a Santa Casa da Misericórdia de todos aqueles que lhe pudessem de alguma forma fazer sombra, e implantou a sua costumeira gestão desabrida, e sem rumo, que agora começa a dar realmente os seus frutos financeiros em termos de descalabro.
Agora, tal como eu tinha previsto, o seu ocaso já se encontra a surgir no horizonte, e como bom filho á casa torna, esta novamente a colar-se deliberadamente ao Partido Comunista Português, na pessoa do atual Presidente da Câmara, Carlos Humberto.
Será realmente o beijo da morte, pois logo que caia em desgraça, será abandonado ás feras, e dizimado pelos seus atuais companheiros de caminho, e a prova disso, mesmo é; já a presente carta e contra carta, que mostra como as comadres desavindas quando se zangam...
Estou curioso de observar, o que realmente vaio fazer também o verdadeiro “Padrinho” Victor Melícias, quando observar que um dos seus “Soldados” ajudantes de campo, não serve para mais nada, se não para criar empecilhos, e problemas, para além de má imagem geral!
Seguindo a velha tradição calabresa ira por certo ser tratado como manda a tradição da terra dos meus; avós... E nisso o “Padrinho” é mestre!
Julio Freire é já hoje um nado morto, se bem que nunca tenha passado de um ‘aborto’ institucional que serviu para guindar algumas figuras, para os postos que ocupam hoje na política local, ou seja; Vereadores dos mais diversos matizes políticos, que para nada servem, se não para clientelismo, e oportunismo pessoal.
Como tudo tem um principio, um meio e um fim, e como o principio já remonta a muito tempo, e o meio também já lá vai, agora surge o crepúsculo. Basta aguardar um pouco para se poder assistir á saída de cena de um dos maiores crápulas que a política do Barreiro já teve oportunidade de conhecer ao vivo... Julio Freire, um nome para ninguém esquecer, e não querer repetir!



AS COMADRES ZANGARAM-SE E AGORA SENTEM VERGONHA UMA DA OUTRA – In: Jornal do Barreiro, edição do último fim de semana, como “Sinto Vergonha!”

A Santa Casa da Misericórdia do Barreiro representou sempre uma referência no trabalho social para os barreirenses: os mais idosos, os mais carenciados e desprotegidos.

Os valores da solidariedade, da ajuda ao próximo no espírito da Igreja Católica, reflectiram-se sempre na disponibilidade de muitos milhares de barreirenses que cooperaram sempre no apoio a este projecto emblemático que acompanhou esta vila, agora cidade, ao longo dos séculos.

Não é fácil afirmar que hoje é mais importante que no passado, já que uma das grandes virtualidades da santa casa da Misericórdia, foi de reajustar a sua acção às necessidades dos tempos, e em cada momento, gerir os seus recursos em conformidade com as necessidades, eventualmente ir além das suas possibilidades através da benemerência dos mecenas da nossa cidade.

Um dos suportes inestimáveis para a sua acção foi, desde sempre, a disponibilidade de Mulheres e Homens bons que, com a sua prestação voluntária reforçavam os princípios e valores de ajuda e amor ao próximo e consolidavam um projecto de cidade.

Esta carta, cuja publicação desde já agradeço, é enquanto irmão que já desempenhou o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia, mas também enquanto cidadão do Barreiro.

Acompanhei o sr. Provedor Júlio Freire em momentos muito difíceis para a Santa Casa da Misericórdia com a consciência de estar a defender o projecto e a instituição. Terminei o meu mandato apesar dos sacrifícios pessoais que tal para mim representou. No entanto, o mais importante era cumprir com os compromissos que solenemente tinha assumido.

Posteriormente, acompanhei alguns “projectos” da Santa Casa da Misericórdia, manifestando sempre tal disponibilidade para contribuir não só como cidadão mas também pelas funções que desempenhava enquanto Vereador da CMB. Assisti, nesta altura, a algumas atitudes do Sr. Provedor a que não atribui mais importância do que pequenas diatribes.

Hoje, a situação da Santa Casa da Misericórdia preocupa-me. Não pelo facto de ouvir uma cassete que já tem 10 anos, continuando a repetir os mesmos projectos que não se realizaram no tempo, sempre por culpa de terceiros…

A minha preocupação hoje foi ter sido confrontado com informações de que a Santa Casa da Misericórdia do Barreiro estará em situação de “falência técnica”.

Não queria acreditar! Não quero acreditar! Não quero acreditar nas medidas propostas pelo Sr. Provedor Júlio Freire como forma de remediar todo este quadro. Tenho vergonha!

A Santa Casa da Misericórdia do Barreiro tem acordos com a Segurança Social, os quais se regem pelos mesmos normativos que envolvem outras instituições similares. A Santa Casa recebe as contribuições dos utentes, dos irmãos, de dádivas…

Pelos vistos, a Santa Casa da Misericórdia do Barreiro padece já há alguns anos de uma gestão atabalhoada do Sr. Provedor.

Alimentar projectos que têm dado largas dezenas de milhares de euros de prejuízo, não sendo determinantes para a vida da Misericórdia, e só se justificando como meros instrumentos de afirmação pessoal; associar o nome da Santa Casa a práticas e objectivos laterais, senão mesmo contraditórios com o espírito da ajuda ao próximo resultaria inevitavelmente num descontrolo financeiro e na desmotivação de irmãos que têm, desde sempre, abraçado esta nobre causa.

Hoje, questiono-me porque terá o Sr. Provedor entrado em rotura com muitos irmãos que pertenceram aos órgãos sociais, apenas por manifestarem uma opinião diferente da sua. Hoje, questiono-me se o pedido de demissão do Sr. Provedor não será a alternativa para permitir a recuperação da situação financeira da Santa Casa da Misericórdia para direccionar os seus objectivos e a sua verdadeira vocação e, por outro lado, reforçar os laços de afectividade e alcançar a pacificação entre todos os irmãos.

Amílcar Romano

Resposta à carta enviada pelo Sr. Amílcar Romano.

Ao ler a carta dirigida ao Jornal do Barreiro reflecti profundamente se deveria responder –lhe ou, simplesmente ignorá-la.

Isto porque, conheço mal o Sr. Amílcar, mas já o conheço o suficiente para saber que o que aquele senhor pretende é ter protagonismo. Logo um Jornal é um meio privilegiado para satisfazer o seu ego!

Resolvi então responder a uma carta que, no fundo, foca 3 aspectos:

1. A sua entrada nos Órgãos Sociais da S.C.M.B.

Há que esclarecer que não o convidei para integrar qualquer Órgão Social da Instituição. Aliás, o meu amigo Carlos Pires pode testemunhar que o meu candidato a Presidente da Assembleia Geral era outro. Mas, enfim, depois de grande insistência por parte do Sr. Romano, desfiz o convite dirigido a outra personalidade de grande prestígio na cidade, facto de que me arrependi, porque, passado pouco tempo, apercebi-me facilmente dos intuitos deste senhor. Ganhar protagonismo através de um jornal que lhe proporcionasse e sustentasse a sua ânsia de poder!

2. Afirma depois o Sr. Romano, que acompanhou os projectos apresentados pela Santa Casa. É verdade, acompanhou, mas foi com o intuito de os inviabilizar.

Como bem nos lembramos, infelizmente pela negativa, o senhor Romano foi, há 6 anos atrás, o Vereador responsável pela Área Social, pelouro por onde passavam todas as solicitações e projectos que apresentávamos à Câmara. E o que fez o Sr. Vereador? Retirou o passe dos Transporte Colectivos do Barreiro aos trabalhadores do Apoio Domiciliário; boicotou todos os pedidos, endereçados à Câmara no sentido de assumir as suas responsabilidades enquanto parceira no Centro de Acolhimento a crianças abandonadas e mães solteiras e mal tratadas, pois, tal como foi referido na última Assembleia Geral, esta valência acumulou nos nove anos do seu funcionamento, cerca de um milhão de euros de prejuízo, suportado exclusivamente pela Santa Casa; nunca se disponibilizou para resolver os problemas com o autocarro da Instituição, boicotou a possibilidade da Misericórdia lançar o Projecto de Hospital de Cuidados Continuados. Enfim, a panóplia de assuntos a que nunca deu resposta revela bem o sentido de solidariedade desta “individualidade”

As reclamações, no entanto, não são só nossas, o que se passou com os Reguilas, o Paivense, o Sporting Lavradiense, o Fabril e muitos outros, revela bem a sua incapacidade para gerir o que quer que seja!

3. Debruçou-se depois o Sr. Amílcar sobre a Gestão da Misericórdia no ano de 2007.

Devo dizer -lhe que a Senhora que lhe transmitiu o desenrolar da Assembleia, não foi nada rigorosa (isto para não dizer que mentiu com “quantos dentes tem na boca”, pois penso ter transmitido claramente a situação actual na Instituição, disse, inclusivamente, que neste últimos anos a Santa Casa tem tido o apoio de irmãos que a têm beneficiado com importantes doações, o que, como é evidente, a torna perfeitamente solvente.

Quando assumi funções na Santa Casa o seu Património era parco. Hoje, graças à acção da Provedoria, temos um Património, que se pode considerar valioso. É verdade que temos dívidas a fornecedores. No entanto, elas são resolúveis a curto prazo, basta para isso alienar uma pequena parte desse Património. Lembro-lhe, também, que ao longo destes últimos anos suportámos défices avultados com o Apoio a Carenciados, os quais, contabilizados, ultrapassaram os 6 mil euros; simultaneamente, suportámos uma dívida, hoje totalmente paga, de mais de 500 mil Euros.

Por isso Sr. Romano, vergonha sinto eu! Como foi possível ter sido Vereador da Câmara Municipal do Barreiro? Sabe, toda a população do Barreiro conhece o resultado do inquérito mandado elaborar por Emídio Xavier e executado por três Técnicos Superiores da Câmara à gestão do seu pelouro. Se a edilidade tivesse levado este inquérito, ou inspecção até ás últimas consequências, o Sr., certamente, teria sido de imediato exonerado do cargo. E que dizer daquela reunião da Comissão Politica do P.S. em que um dos membros da C.P. o acusou com todas as letras, perante mais de 50 pessoas, de ter ficado com o dinheiro do célebre porco? Aí sim, fiquei com vergonha!

Um último apontamento. Tenho por hábito facultar o meu número de telefone, pois enquanto Provedor entendo que me compete estar aberto e acessível para poder facilmente dar respostas às mais variadas solicitações daqueles que mais precisam. Agora fazer uso dele para enviar mensagens ordinárias, que só por respeito para com os leitores do J.B. não as transcrevo, é, de facto, uma cobardia inqualificável!

Acções como esta só as vivi antes do 25 de Abril. Pensava eu que perseguições desta índole já tinham terminado… pelos vistos não! No entanto, devo dizer que já accionei os mecanismos necessários junto da PJ para identificar o telemóvel, cujo número é: 351934768835.

Definitivamente Sr. Amílcar, deixe-se de garotices! Só lamento que, ao olhar para algumas das pessoas que o acompanham, veja que são honestas, e que nada têm a ver com o seu comportamento.

Por aqui me fico, tenho muito mais que fazer que o aturar!

Por mim este assunto fica encerrado.

Júlio Freire

Nota final:

O senhor Amílcar Romano, para quem não conhece: foi um conhecido ativista da rede terrorista FP/25 de Abril, atual militante e ativista do Partido Socialista. Professor do ensino secundário, e mais um entre tantos oportunistas da política, que apenas se deixou utilizar pelo senhor Julio Freire, uma vez que necessitava de colocar um familiar como utilitário da Santa Casa da Misericórdia.
Agora, que está servido, uma vez que possivelmente o familiar já não necessita mais da utilização da entidade, ataca deliberadamente o outro, antigo amigalhão.
Por sua vez o senhor Julio Freire, utilizou o senhor Amílcar Romano, para captar mais apoios dentro do Partido Socialista do Barreiro, onde ate chegara a criar uma chamada linha de convergência.
No meio disto tudo só não sei onde fica agora colocado o conhecido advogado “Cara Cagada” e o farmacêutico Pires?...
A política é tão engraçada, quando se olha para trás e se pode observar, o que foi e o que é!
Por exemplo, este mesmo Julio Freire andou ao soco, á alguns anos atrás, numa reunião de Câmara com o senhor Mendes Costa do PPD/PSD. Passado alguns anos, só faltava andarem aos beijinhos, e tudo porque o senhor Julio Freire dominava um Jornal local... e o senhor Mendes Costa gosta muito de penacho, e de ser bajulado na imprensa!
Entre outros exemplos é bonito de analisar, o muito que o futuro ainda nos vai reservar em relação a estas personagens!
Há que tempos que passam, e não voltam, só a memória dos homens perdura para todo o sempre...

KOSOVO: INDEPENDÊNCIA TUMULTUADA

Já se disse, e ouso repeti-lo: a História não conhece o seu lugar e está sempre presente.
Tal anexim, com a força dos valores eternos, leva-me, numa proustiana viagem ao passado, quando interno no Ginásio, nas disciplinas de Historia e Geografia.
Lembro-me, assim, como se fosse hoje, de uma aula de Geografia Geral, quando o mestre ensinava, gesticulando, empolgado, como era do seu estilo, ser a região dos Balcãs uma “verdadeira babel de raças”.
Hoje, inelutavelmente, dou a mão à palmatória, ratificando, em gênero, numero e grau, a observação do saudoso e afável lente.
A independência do Kosovo, saindo do ciclo da Sérvia, comprova aquilo que o professor há tanto tempo, já dizia.
Em tese, para o povo sérvio, o Kosovo, como novo país, é um golpe difícil de esquecer.
É que, para a Sérvia, o lado afetivo pesa muito.
E, para aquele povo, dói muito a separação.
Aliás, argumente-se: a Sérvia elegeu o Kosovo como berço, símbolo e imagem da Província.
Perdê-lo, é, sem duvida, massacrar as suas raízes.
Do lado do Kosovo, a emancipação política, dentro da teoria e filosofia de autodeterminação dos povos, é inevitável processo soprado pelos ventos do determinismo histórico.
Tento explicar.
A população do novo país é, na sua quase totalidade, formada por raízes albanesas e muçulmanas, vivendo em aberto conflito ideológico com a raça eslava, maioria predominante da Sérvia.
Na ótica dos líderes pela independência do Kosovo, só havia uma alternativa: torna-se uma nação soberana.
O fato aconteceu, porém as conseqüências vão mexer – e muito – no xadrez da política internacional.
O reconhecimento aliás rápido, da independência, por parte da União Européia e dos Estados Unidos, tem provocado reações em países de real importância no mapa político e econômico do Mundo.
Neste campo, a Rússia e a China estão situadas.
Ambas temem uma “onda separatista”, e, com certeza, usarão o seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, negando reconhecimento à nova nação.
Kosovo, desta maneira, se transforma num país de fato, não sendo uma nação de direito.

‘Paulo Gadelha’

VISTOS POR DENTRO...

Já passaram 20 anos. Mais, até. Como muitos no jornalismo político, já gostava da política antes do jornalismo. Era de esquerda e não me revia nem no PS "cata-vento" de Soares nem na ortodoxia leninista do PCP (tinha tido contacto directo com essa ortodoxia nas guerras das associações de estudantes na escola secundária que frequentava, Belém-Algés). Tentei a militância nos "Verdes". E as coisas são como são: a figura envolvente da deputada Maria Santos (entretanto dissidente) não foi alheia à tentação. A "coisa" começou com um amigo de escola, o Pedro. Foi a minha "ligação". E os tempos eram muitos interessantes: algures no segundo semestre de 1985, período de intensa campanha eleitoral para as presidenciais que viriam, em Fevereiro do ano seguinte, a eleger Mário Soares. Já me sabia um eleitor de Maria de Lurdes Pintasilgo. Os "Verdes", sendo uma extensão do PCP, apoiavam Salgado Zenha. Entrei no partido com a firme convicção de que seria possível mudar o seu sentido de voto, levando-os a apoiar Pintasilgo.

Os"diálogos" foram mais ou menos assim:

- Sobre as presidenciais...

-Isso já está decidido! Vamos apoiar...

- ...Mas julgo à mesma que deveríamos discutir! Se bem percebi nada foi discutido...

- Foi! E está decidido! Vamos apoiar...

- Eu sei quem vão apoiar! Trata-se de um erro grave para os Verdes apoiarem esse candidato! Se...

- Está decidido, não há nada para discutir!

- É um erro grave! As pessoas em Portugal sensíveis à questão ecológica não se revêem de todo em Salgado Zenha. Se alguém representa...

- Está decidido!

- Não acabei! Se alguém representa a parte do país mais sensível à questão ambiental, esse alguém é a candidata Maria de Lurdes Pintasilgo!

- Está decidido! É o Zenha!

Saí tão depressa como entrei. Convicto, finalmente, que os "Verdes" eram mesmo, como dizia a maledicência, os "melancias": verdes por fora e vermelhos por dentro. Rumei a outras paragens. Até chegar ao jornalismo.

‘João Pedro Henriques’

segunda-feira, 21 de abril de 2008

THE TUDORS – OU OS PÉS DO REI

Acomodei-me no meu sofá para ver The Tudors, um drama histórico televisivo sobre a vida de Henrique VIII de Inglaterra. A série prometia, tinha sido difundida pelas televisões de vários países (em Portugal pela RTP) e tivera honras de Emmys e Globos de Ouro. E eu, que pertenço a uma geração que aprendeu História sem audiovisuais, vejo neste género de produção televisiva um modo entretido de relembrar episódios históricos com ganhos de familiaridade com os personagens que a simples leitura, por definição, não propicia.
Qual não é, pois, o meu espanto quando um tal personagem denominado "Princess Margaret", supostamente irmã de Henrique VIII, é dada em casamento ao Rei de Portugal, (D. Manuel I ?). Sabendo que este nosso Rei se casara três vezes, pensei que a princesa inglesa me tinha escapado, uma falha de memória, sei lá! Inquieta, mas com a curiosidade aguçada, aguardei com expectativa as cenas relativas ao casamento, a entrada em cena da corte portuguesa num periodo aúreo da nossa História. Vi, então, como a princesa choramingava porque D. Manuel era um velho corcunda, implorando ao irmão que a troco de tão grande sacrifício lhe desse liberdade para escolher segundo marido quando enviuvasse, o que, esperava, ocorreria rapidamente.
Após uma imagem de rara beleza do Tejo e da Ribeira das Naus, seguiu-se uma sucessão de cenas de verdadeiro horror. D. Manuel era um gnomo marreca e saltitante, desdentado e de olhar lúbrico, baboso, falando um português mal amanhado. A corte, um conjunto de velhotas vestidas de negro, clérigos encapuçados, homens feios e sujos. As cerimónias pareciam ter como cenário uma espécie de barracão e as músicas eram espanholas (Falla?). O casamento consumou-se no que poderia ser um quartinho do Castelo de S. Jorge, com uma data de basbaques de mau aspecto rodeando o tálamo conjugal e aplaudindo grosseiramente.
No dia seguinte - assim prossegue a série - a princesa Margarida, após lançar um olhar nostálgico à sua nau, prestes a partir do Tejo, não está com meias medidas e assassina o nosso Rei, sufocando-o com uma almofada. A última imagem com que o realizador arruma o episódio português é um grande plano dos reais pés, sujíssimos, explicitando que nem para o casamento este se dera ao trabalho de ablações mínimas.
A indignação venceu qualquer inércia que ainda restasse para confirmar a desconformidade de tão burlesca narrativa com a realidade dos factos. D. Manuel casou três vezes, com duas filhas dos Reis Católicos, Isabel e Maria e, pela segunda vez viúvo, casou novamente com D. Leonor, irmã de Carlos V. Todas eram excelentes partidos, demonstrando bem a importância, à época, de Portugal e do seu Rei. Entre a consulta à História de Barcellos e o recurso à Internet foi possível constatar a existência de muitos outros erros grosseiros. De facto a "Princess Margaret" nunca existiu e é um personagem composto a partir das duas irmãs Tudor de Henrique VIII; o rei português de então era D. João III, de vinte anos de idade; não existiu nenhum Papa Alexandre desde 1503; o cardeal Wolsey não foi preso nem se suicidou e Thomas Tallis não consta que fosse bissexual. Até na escolha dos adereços se repetem os erros, ridículos, tal como a utilização de um mosquete por Henrique VIII, arma que só foi inventada em 1630, ou seja um século mais tarde.
Posto isto, coloco duas questões. A primeira tem a ver com este, ou qualquer outro, drama histórico televisivo. Embora se possa e deva esperar algum tempero fantasioso da narrativa, não é suposto que tal fantasia deturpe a História, alterando os seus factos, a sua cronologia, a sua geografia ou a identidade das suas figuras. Perdida a dimensão de relato histórico, o que resta passa de ficção a embuste. A segunda tem a ver com a nossa reputação nacional e quem é suposto defendê-la. Num país onde já não se ensina História, o canal estatal difundiu, que eu saiba sem qualquer reparo, uma versão vergonhosa e falsa do nosso passado colectivo. Se a Internet não mente, todos os que se sentiram atingidos foram reagindo e rectificando, excepto nós. Porque será?|

‘Maria José Nogueira Pinto’

SOBRE AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

Na terça-feira, ordenei: "Café!" A morena do balcão disse-me um cantante: "É pra já, senhor!" Pousou a chávena: "O senhor não quer mais nada, não?" Respondi: "Se quisesse, tinha pedido." Com esta gentinha é preciso não ir em conversas. Sabe-se lá o que fizeram na terra deles antes de virem para cá roubar o trabalho aos portugueses. Deixei o preço certo. Ouvi nas minhas costas: "Até manhã, senhor..." Na quarta, comprei o jornal antes de ir ao café. Descobriram mais petróleo no Brasil. O país vai voltar a ser a potência que ameaça ser há muito. Lembro-me de ter lido que há cem anos, quando a portuguesa Carmen Miranda chegou ao Rio de Janeiro, a cidade era metade de imigrantes portugueses. Disse à morena do balcão: "Menina, dê-me um café, como só você saber tirar." Ela; continuou ela: "É pra já, senhor!" Antes de pagar, com gorjeta, pedi-lhe: "Importa-se de me dar o seu nome?" Ela chama-se Naíde. Sei lá se ainda não vou trabalhar num restaurante dela no Recife.

‘Ferreira Fernandes’|

AUTOMATIC

Para uns o pior álbum do ‘The Jesús & Mary Chain’. Para outros, o melhor dos chamados “pais da distorção”. O disco que dividiu a crítica é de uma maneira ou de outra, a melhor referencia do grupo liderado pelos irmãos William and Jim Reid.

Esta obra-prima do roch do finalzinho dos anos 1980 traz clássicos como “Here comes Alice”, “Blues from a gun” e “Half way to crazy”, em letras que misturam clima deprê e muita distorção de guitarra.

Destaque para a clássica “Head on”, que o Pixies gravou no álbum ‘Trompe lê Monde’ (1991), um disco notadamente inspirado no universo do saudoso ‘Jesus & Mary Chain’.

(AC)

E QUE VIVA MUCHO ‘RAULITO’...

Cuba esta a revolucionar a sua revolução. Raúl Castro, o irmao, e sucessor do ditador Fidel Castro, está a começar a deixar o mundo de boca aberta, com as suas profundas alterações na politica cubana.
Desta feita anuncia-se a reduçao da liberdade de circulaçao dos cidadaos, que pretendem viajar para outros países.
É finalmente a liberdade a chegar á ilha que, agora se pode já dizer, com todo o significado, que já não é mais a Ilha do todo poderoso Fidel.
E Que Viva Mucho ‘Raulito’...
Cuba vai reduzir restrições de viagem, diz jornal
Segundo ''El País'', cubanos poderão viajar para o exterior sem necessidade de permissão específica
Efe, Havana
O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, iniciará em breve uma reforma que simplificará os trâmites de entrada e saída do país e permitirá que os cubanos viajem para o exterior sem necessidade de permissão específica das autoridades, informou ontem o jornal espanhol El País em seu site na internet. Citando ''fontes próximas ao governo'' cubano, o texto do correspondente do diário em Havana, Mauricio Vicent, assinala que a reforma já está decidida e só falta definir alguns detalhes para que comece a ser posta em prática, o que poderia ocorrer ''nos próximos dias ou semanas''.

O jornal lembrou que a existência do chamado ''cartão branco'' - a autorização de saída do país, que custa o equivalente a cerca de 100 e pode demorar meses, sem que haja garantia de que vá ser concedida - foi muito criticada pela população no debate convocado no ano passado por Raúl. Outro requisito para viajar, a ''carta-convite'', também seria extinto, indicaram as fontes. Assim, os cubanos só necessitariam de um passaporte em vigor e do visto do país de destino para viajar ao exterior.

No entanto, o cartão branco continuaria sendo exigido de médicos, de recém-formados que ainda não tenham cumprido seu serviço social, de militares e de membros do governo com acesso a informações que afetem a segurança do Estado, acrescentou El País.

Como parte da reforma, seria prolongado o período que os cubanos podem ficar no exterior sem ter de voltar ao país ou perder seus direitos de cidadão. O prazo atual, de 11 meses, seria estendido provavelmente para 2 anos, assinalou o jornal, acrescentando ainda que os menores de idade poderiam sair com seus pais, algo que atualmente só é autorizado em casos excepcionais.

Ainda ontem, o jornal cubano Granma publicou alguns ''conselhos úteis'' aos motoristas de Cuba para que não caiam na ''febre'' dos celulares, agora que podem comprá-los livremente. ''Desligue o celular enquanto dirige'', ''se precisar fazer um telefonema urgente, pare o carro'', assinalou o jornal.

TOOTSIE

Quando o American Film Institute fez uma pesquisa para eleger as melhores comédias do cinema americano, ‘Tootsie’ (1982) ficou em segundo lugar. Não é para menos. O filme é muito engraçado, mas não é pela quantidade de risadas que ‘Tootsie’ lançou essa posição – mas também pela narrativa inteligente e as ótimas atuações do elenco.

Naturalmente, o destaque é Dustin Hoffman, num ‘tour-de-force’ antológico como o ator que finge ser mulher para conseguir uma vaga de atriz em uma novela de TV.

O filme ainda tem Jéssica Lange como a colega por quem Hoffman se apaixona, Charles Durning (como o pai dela, que se apaixona pela atriz que Hoffman finge ser), Teri Garr e os iniciantes Geena Davis e Bill Murry.

O filme foi relançado em DVD recentemente numa ótima edição dupla.

(RF)

ANTIQUADA MENTALIDADE...

A recente visita a Portugal do criador da chamada economia criativa, Richard Florida, deixou um sabor agridoce nas bocas nacionais.

Sem papas na língua, este economista norte-americano considerou que as barreiras á tolerância e à liberdade de expressão individual, são as principais causas da mentalidade antiquada de Portugal.

A notória falta de: Tecnologia, Talento e Tolerância, são fatores determinantes para o estado de imobilismo em que se encontram muitas economias mundiais, e no caso concreto de Portugal, a principal razão é a mentalidade antiquada.

A mensagem mais polemica que deixou, coloca muitos de nós novamente na chamada idade das perguntas:

"As comunidades onde se encontram mais gays e lésbicas e mais boêmios são lugares onde se concentram muitas pessoas criativas, porque são lugares onde as pessoas podem ser elas mesmas", afirmou; Richard Florida.

Partindo desta sua idéia sobre Tolerância, como fator determinante para o desenvolvimento econômico, é caso para se perguntar: porque razão; podemos constar um significativo aumento de gays e lésbicas, e a nossa economia nunca mais dispara?...

Realmente existe cada idiota armado a gênio. Alguém que nos esclareça o que pode ter a ver diretamente o livre posicionamento de opção sexual, de cada um, com uma relação direta com desenvolvimento e economia, é que este pensador, lançou a bomba, mas não ficou para dizer o por que?!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Elefante teve ancestral anfíbio

Agência FAPESP – Existem atualmente apenas duas espécies do maior animal terrestre, fazendo com que a ordem dos proboscídeos seja representada pelo elefante africano (Loxodonta africana) e pelo elefante asiático (Elephas maximus). A ordem teve outros representantes no passado, como os extintos mamutes e mastodontes.
Os elefantes, entretanto, estão bastante próximos a alguns outros mamíferos, como os sirênios (dugongo e peixe-boi) e o pequeno hírax, encontrado na África e no sudoeste da Ásia. Isso tem levado cientistas a sugerir um possível ancestral comum a tais animais.
Em artigo que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido propõem um mesmo ancestral – e aquático.
O estudo foi baseado na análise de dentes encontrados no Egito. As amostras têm 37 milhões de anos e pertenceram aos gêneros Barytherium e Moeritherium, que viveram durante o período Eoceno (de cerca de 55,8 milhões a 33,9 milhões de anos atrás) e são “primos” dos atuais elefantes, dos sirênios e do hírax. Os animais do gênero Moeritherium lembravam mais a anta, enquanto os outros eram maiores.
A análise isotópica apontou que a alimentação era baseada em plantas aquáticas. Os dois gêneros teriam vivido provavelmente em áreas pantanosas ou ribeirinhas. Os animais seriam anfíbios, respirando fora da água, mas também retirando dela grande parte do oxigênio de que precisavam.
“Os resultados fornecem novas evidências que apóiam a hipótese de que os proboscídeos do Oligoceno em diante são derivados de ancestrais anfíbios”, destacaram os autores.
O artigo Stable isotope evidence for an amphibious phase in early proboscidean evolution, de Alexander Liu, Erik Seiffert e Elwyn Simons, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em: www.pnas.org.

COMO DIZ CAETANO

E eu pensava que o primeiro mundo era Paris, Londres; Nova Iorque… que nada! Exatamente do outro lado do planeta foi onde meus olhos viram que é possível uma sociedade mais justa. Se a felicidade depende disso, não sei, pois, para gozá-la, há razoes que a humanidade desconhece, mas que naqueles moldes sócio-urbanísticos é mais fácil experimentá-la, não temos a menor dúvida.
Outrossim, a razão também nos diz que não se pode ser feliz sendo cúmplice de um carma coletivo que criou nações cheias de incoerências, injustiças, falta de controle urbano e ambiental, entre muitas outras mazelas.
A Nova Zelândia deu um exemplo ao se organizar, para que seja hoje chamada de “país perfeito”, com a melhor qualidade de vida do planeta. Foi a única nação onde os nativos negociaram amigavelmente e sob condições de respeito mutuo com os colonizadores. Além disso, o seu povo se uniu com equidade, leis trabalhistas sadias, e estabeleceu um rigoroso controle de natalidade e de preservação da natureza.
Alem disso, parece que o BB estava mais inspirado quando criou aquele lugar. A natureza lhe sorri por entre praias místicas, de grandioso relevo, lagos cujo azul oceânico se une ao dos céus pelas curvas de um horizonte cortado de montanhas, ora verdes, ora plúmbeas, em um show de exuberância e beleza ímpar. E esse sorriso transpassa para o semblante tranqüilo da sua gente conferindo-lhe simpatia exemplar, como se todos tivessem de bem com a vida. Os lagos cristalinos que beijam as margens do Queenstown – que em nada devem ao mar – e de onde surgem belas montanhas forma um conjunto que se completa com a mais perfeita harmonia urbana.
Há uma simplicidade cotidiana que se percebe na conduta de pessoas sem estresse, nas vestimentas descontraídas, sem ostentação, e no generalizado uso de sandálias havaianas por todas as gerações. A tranqüilidade urbana é notoriamente proporcionada pela sensação de segurança que se observa na absoluta falta de gente que não tem o que fazer. Praticamente não existem edifícios residenciais, pois não há densidade demográfica que os justifique. Os bairros são de casas, com muros de meio metro, sem portões e nem grades nas janelas.
O silencio é quase um insulto de paz que nos envergonha lembrando; de como seria bom que aqui o pudéssemos ter. Mendigos? Desempregados? Nenhum. E por isso, nada de vendedores ambulantes, pedintes ou desocupados. Ônibus quase não se vêem. Todo o mundo tem carro, ou anda de bicicleta, há bondes gratuitos, ninguém buzina, e engarrafamento é algo só visto na TV.
Inacreditavelmente em todas as esquinas, praças e parques há toaletes públicos modernos e perfumados, munidos de tudo o que é necessário. E gratuitos! Que diferença daquele mundo do decantado circuito internacional, onde não se encontram facilidades básicas, o povo é estressado, no há onde estacionar, o transito é um inferno, os metrôs sujos e congestionados, e que ainda chamam de “primeiro”. Não, decididamente preferimos o “último mundo”, aquele que fica “do outro lado do lado que é lado de lá”, como diz Caetano...

‘Germano Romero’

EM BUSCA DA FELICIDADE

“A procura da felicidade tem sido a meta do ser humano e tem mobilizado também muitos pesquisadores em todo o mundo.”

“O esforço de estar atento ao mundo, participando da vida, vale a pena.”

Muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros e sofrendo por dentro por causa disso.”
‘Pascal Brucker’

Constantemente são lançadas pesquisas sobre índices de violência, de insegurança, de morte, de vida. No entanto, pouco se comenta sobre a felicidade parece que saiu de moda. O escritor e psicólogo americano Robert Wright, em um artigo para a revista Americana Time, escreveu que as leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo.
Buscar a felicidade tem sido a meta do ser humano no mundo e nos últimos anos cada vez mais pesquisadores se tem debruçado na busca desse combustível que move a humanidade. Encaminhei um e-mail da minha caixa postal para 205 pessoas perguntando o que é a felicidade? O que elas fazem para serem felizes? As respostas foram as mais variadas possíveis.
Pó dicionário eletrônico Aurélio define a felicidade como uma qualidade ou estado de quem é feliz, significa ter bom êxito, boa fortuna; dita, sorte. Na opinião do administrador de empresas, Carlos Fernando Farias, casado, pai de dois filhos, a felicidade é viver equilibradamente com a família e os amigos. “Dedico-me a minha família e amigos, preservo a minha saúde e a dos meus filhos e procuro desenvolver o meu trabalho com criatividade, responsabilidade e profissionalismo”, comentou.
A felicidade força a estudar, trabalhar, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas.mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade.
“A felicidade é um truque disse a catadora de papel Guilhermina Silva. Se ela é um truque nos temos levado esse truque muito a serio. Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação. As pessoas tristes são vistas como; indesejadas, como fracassadas completas.
A doença do momento é a depressão. o escritor francês Pascal Brucker, autor do livro “A Euforia Perpetua”, diz que a depressão é o mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo o preço. “muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros e sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um peso: uma fonte terrível de ansiedade”, diz ele.
De acordo com o psicólogo Gleidson Marques, a felicidade é algo extremamente subjetivo, é algo que varia de pessoa para pessoa e até de posição social e econômica. “A pessoa consegue ser feliz quando ela pára e percebe o que deseja da vida dela”, comentou.
O assunto até á bem pouco tempo era desprezado pelos cientistas, mas, na última década, um número cada vez maior deles, alguns influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esforçado para decifrar os segredos da felicidade. A idéia é finalmente desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca infinita causa.
No website da Universidade da Pensilvânia (http://www.upenn.edu), o psicólogo americano Martin Seligman, desenvolve há alguns anos uma pesquisa sobre o assunto e diz que a felicidade é na verdade a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.
Prazer, de acordo com o Aurélio, é uma sensação ou sentimento agradável, harmonioso, que tende a uma inclinação vital; alegria, contentamento, satisfação, deleite. É uma sensação que costuma tomar conta do nosso corpo quando dançamos uma musica boa, ouvimos uma piada engraçada, conversamos com um bom amigo, fazemos sexo ou comemos chocolate.
O escritor e professor universitário Rinaldo Fernandes disse que felicidade é escrever, é encontrar a palavra certa da frase. “Melhor do que escrever só o ato sexual, talvez a mais importante forma de êxtase e prazer que existe”, acrescentou. Um jeito fácil de reconhecer se alguém está tendo prazer é procurar em seu rosto por um sorriso e por olhos brilhantes.
Engajar-se consiste em empenhar-se em uma determinada atividade ou empreendimento. O engajamento é a profundidade de envolvimento entre a pessoa e a sua vida. Um sujeito engajado é aquele que está absorvido pelo que faz, que participa ativamente da vida. E, finalmente, significado é a sensação de que a nossa vida faz parte de algo maior.
“Buscar a felicidade é uma meta meio vaga, fica difícil até de saber por onde começar, mas se você se conscientizar de que basta juntar essas três coisas – prazer, engajamento e significado – para a felicidade vir de brinde, a tarefa torna-se menos penosa”, garante o psicólogo americano Martin Seligman.
Seligman nos seus estudos acrescenta ainda que um dos maiores erros das sociedades ocidentais contemporâneas é concentrar a busca da felicidade em penas um dos três pilares, esquecendo os outros. E geralmente escolhemos justo o mais fraquinho deles: o prazer. “Engajamento e significado são muito mais importantes”, disse ele numa entrevista à Time.
Algumas pessoas são capazes de engajar em tudo: entram de cabeça nos romances, doa-se ao trabalho, dão tudo de si a todo o momento. Isso é raro e nem sempre é bom (inclusive porque gente engajada demais tende a negligenciar outros aspetos da vida, em especial o prazer). Ninguém precisa ir tão longe, mas o esforço de estar atento ao mundo, participando da vida, vale a pena.

Normas

“Toda a infelicidade dos homens provém da esperança”
‘Albert Camus’

Os EUA é o único lugar do mundo em que existe verba suficiente para fazer e mandar desfazer qualquer tipo de pesquisa sobre o comportamento da humanidade e a sua evolução. Há cinco anos, por exemplo, o pesquisador Mihaly Csikszentmihalyi (pronuncie “txicsentmirrái”), da Universidade de Chicago (http://beta.uchicago.edu/), estuda o fenômeno cerebral chamado “fluxo”, que ocorre quando o engajamento numa atividade se torna tão intenso que dá aquela sensação boa de estar completamente absorto, a ponto de esquecer o mundo e perder a noção do tempo, ou seja a noção do tempo, ou seja é um estado de alegria quase perfeita. Esse fenômeno acontece com monges em estado de meditação, mas também em situações muito mais comuns como ao tocar um instrumento, andar de bicicleta ou até mesmo ao consertar a estante da casa. Um, outro; pesquisador,o americano Richar Davidson, da universidade de Wisconsin (http://sk.com.br/sk-uwsp.html). Observou em laboratório que as pessoas em estado de fluxo ativam uma região do cérebro chamada córtex pré-frontal esquerdo,o que pode ter uma série de efeitos no organismo, inclusive um melhor funcionamento do sistema imunológico. Ao longo de um estudo realizado na Holanda, pessoas que entravam em fluxo tiveram o seu risco de morte reduzido em 50%, por reagirem melhor a doenças. E como se entra no tal fluxo? Csikszentmihalyi afirma que o segredo é buscar atividades nas quais se possa usar todo o seu talento. Tem de ser um desafio não muito fácil a ponto de ser entediante, nem tão difícil que se torne frustrante. Procurar experiências desse tipo é recompensador e traz níveis bem altos de felicidade.

‘Adriana Crisanto’

sexta-feira, 11 de abril de 2008

PEQUIM 2008 – OLIMPISMO EM RISCO

Tudo quanto significa para a humanidade o espirito do Olimpismo, desde os tempos mais remotos da civilização, esta agora, no seculo XXI, em 2008, a ser colocado em risco, pelo pensamento retrogado e ditatorial da China, que teima em fazer com que o Mundo aceite a sua forma de estar, e de desrespeito total dos mais elementares direitos humanos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Felizmente que o Mundo começa a dar sinais, ainda que envergonhados, de que não vai abaixar a cabeça e mostrar indiferença, perante tudo quanto estamos a assistir, e que já não é pouco:

A marcha da tocha começou logo em Londres a não ser a festa sagrada do desporto (é esse o significado do "olímpicos") mas uma sucessão de manifestações (vídeo) contra a apropriação pelo despotismo asiático desta chama sagrada.

Infographie Le parcours chaotique de la flamme olympique


Article San Francisco prend le relais


Vidéo Avec RSF, en attendant la flamme


Article Le CIO dénonce une haine de la Chine


Article La flamme olympique à bon port, Bachelot soulagée


Article La journée de la flamme à Paris


Article Lionnel Luca: "Le gouvernement doit affirmer sa position"


Vidéo Chinois et pro-tibétains se font face


Diaporama Manifestation contre le passage de la flamme à Paris


Article La TV chinoise et les incidents à Paris


Article Relations entre Chine et Europe


Article Tragédie grecque: la flamme éteinte à Paris!


Article La flamme escortée comme un chef d'Etat à Paris


Infographie Flamme olympique: un parcours à haut risque


Article Traversée de Londres mouvementée pour la flamme olympique


Article Ces Français qui soutiennent le Tibet


Diaporama Ces stars qui soutiennent le Tibet


Forum Faut-il boycotter les JO de Pékin?

PATETICES AJARDINADAS DO BCP

Todos já tínhamos a noção exata de que o caso Banco Comercial Português, era bem mais do que um simples caso. Era uma união de inúmeros casos, que provocaram uma explosão de tais proporções que levou a que o criador, JJG, do maior banco privado português, fosse desmascarado em relação; aos seus processos de gestão, e de movimentação nublosa de divisas.

O que nem todos nos sabíamos, ou tínhamos a noção exata é que esse banco tinha estado subordinado a um homem que bem vistas as coisas, e colocado no mesmo patamar de um seu colega italiano, de anos idos, que deu também um caso que até valeu a vida de um Papa – Escândalo do Banco Ambrosiano – (Banco do Vaticano).

Jorge Jardim Gonçalves, com o seu tipo de conduta, não parece ter nascido em Portugal, mas sim na Calábria, e utilizar os melhores e mais eficazes métodos da “Familia”...

Raul Vaz – D. Economico
Eis Jardim Gonçalves, patético e ameaçador

Eis Jorge Jardim Gonçalves, o homem. A entrevista ao Público é patética mas pretende ser ameaçadora – o banqueiro deverá ser ouvido esta semana no âmbito do processo de investigação ao BCP conduzido pelo Banco de Portugal. O facto explica a disponibilidade do ex-líder do banco para dizer ao mundo que tem “praticamente 40 anos de relação subordinada, hierárquica, com várias autoridades, as mais das vezes em Portugal, ...
Quer dizer: as autoridades de supervisão, caso do Banco de Portugal, conhecem-no e estavam ao corrente da sua prática. Ou seja: se houver tempestade vai tudo ao fundo. No resto, Jardim Gonçalves mete dó. Não diz nada sobre factos relevantes que abalaram o banco e causaram estragos consideráveis a accionistas da instituição (caso das off-shores criadas para subscrever o aumento de capital do BCP), refugiando-se no valor do sigilo no universo financeiro. Jardim Gonçalves perdeu a noção do poder da frontalidade sobre os obstáculos que se opõem à verdade. Preso no seu quadrado e sem peito para o contraditório, responde por escrito e sem cortes, incapaz de perceber o ridículo de um diálogo com o boneco. No limite, não resistiu a cavalgar a ideia de que o caso BCP “foi objecto de óbvio aproveitamento político”, fantasia que o partido de Menezes abraçou com entusiasmo. Está bem.

GOVERNO, SURDO, CEGO, MAS NÃO MUDO

Só o governo português e o primeiro ministro Sócrates parecem ainda não ter dado conta, de que importa movimentar muito mais a economia.
Em virtude dessa sua miopia, levam atrás de si, o “Zé Povinho” que como sempre acredita em tudo o que escuta, sem confirmar a realidade.
Por uma das poucas vezes, tenho que estar de acordo com o Luis Delgado, em relação a situação econômica que se perspectiva para o futuro próximo, a nível de taxas de juro que os bancos vão ser obrigados a aplicar.
No entanto tenho que discordar, sobre a questão das obras públicas, porque estou convicto que se não se aproveitarem os fundos estruturais, da CE que; inclusivamente são os últimos que nos chegam, com estas dimensões, Portugal ainda arrefece mais a sua economia, e mata em definitivo a possibilidade de manter a economia com alguma capacidade de movimentação, e de giro de capitais, com a criação de postos de trabalho, ainda que temporários.
Se os investimentos estrangeiros estão a fugir, tal como se pode confirmar a olho nu, e se não se criam investimentos a nível nacional, ou grandes obras que movimentem a economia, então o que vai ser de Portugal a curto prazo?

Luís Delgado
«O Governo não vê?»
Está à vista de todos, mas só o Governo e o PM é que não conseguem ver: agravam-se os sinais de uma crise económica e financeira profunda em Portugal, com um impacto social difícil de medir, e o Executivo continua a anunciar grandes planos, e pontes, para as próximas décadas, como se isso fosse o mais importante nesta fase.
A corrida ao levantamento dos PPR, a agonia em que se encontra a classe média, o impacto que daqui a uns meses as empresas e famílias vão sofrer com o custo do dinheiro - que ainda está muito longe de reflectir as taxas que os bancos vão ser obrigados a aplicar - a falta de investimento estrangeiro, o desemprego e a estagnação que a Europa, e em particular a Espanha, estão a sofrer são demasiadas dados negativos para não se perceber que este ano vai ser desastroso, e que nada de bom chegará em 2009.
Sócrates arrisca-se, por este andar, a ficar a falar sozinho em Outubro de 2009.
Nota à margem: o FMI prevê para Portugal, este ano, um crescimento catastrófico de 1,3 por cento (contra os 1,8 anunciados anteriormente e os 2,2 por cento previstos pelo Governo)!!! Vamos ser mais realistas: se chegarmos a 1 por cento será um milagre...

Diário de Noticias

BETANCOURT UMA NOVA ESPERANÇA...

Renasce a esperança para que Ingrid Betancourt possa ser libertada, ainda a tempo de ser poupada a sua vida, atendendo ao seu debil estado de saúde

Exército colombiano localizou prisão de Ingrid Betancourt
O Exército colombiano terá localizado na selva de Tomachipán o lugar onde as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) mantêm sequestrada, entre outros, a ex-senadora e candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt.

A informação foi ontem avançada pelo jornal Nuevo Herald, que citou fontes militares e alguns camponeses residentes na região, confirmando assim as informações divulgadas pelo padre Manuel Mancera.

O sacerdote colombiano afirmara que, no final de Fevereiro, Ingrid, raptada desde 2002, terá estado internada no posto médico de El Capricho, em Guaviare, à qual também pertence Tomachipán.

‘Patricia Viegas’

AHMADINEJAD – O DISCURSO DE UM ‘DOIDO’ NUCLEAR

Se duvidas ainda pudessem existir, sobre a condição mental do presidente iraniano Ahmadinejad, elas ficaram reduzidas a praticamente nada, após a análise da sua ultima intervenção publica.

O mais grave é que; cada vez mais este ‘Doido’ esta a transformar-se num grande perigo para todo o Mundo...


Ahmadinejad
A FESTA NUCLEAR E
O DISCURSO DOIDO
Ahmadinejad é muito semelhante a Hitler: deixa-se envolver pelo seu próprio discurso, perde-se nele e perde de vista a realidade exterior a esse discurso. O seu mundo fica assim reduzido ao labirinto das suas frases e sentidos que ele lhes projecta. É uma forma radical de autismo político e é uma perigosa esquizofrenia. Com Hitler, vimos no que deu... Com este, estamos a observar uma evolução que provoca um déjà-vu.
Hoje, Ahmadinejad comemorou a sua "Festa Nuclear". E anunciou mais seis mil centrifugadoras, sublinhando a sua recusa em aceitar as pressões internacionais para que cesse o seu controverso programa nuclear, com que ameaça "riscar Israel do mapa". Mas foi ainda mais longe.
No seu discurso, perante uma plateia de dirigentes iranianos e de embaixadores estrangeiros e transmitido em directo pela sua televisão, Ahmadinejad pôs em causa o carácter terrorista dos atentados do 11 de Setembro, em New York, e negou a existência das quase três mil vítimas dizendo que os seus nomes eram desconhecidos (quando todos os nomes das 2.750 vítimas foram lidas nas cerimónias do ano passado...). Finalmente, tudo não teria sido mais que um pretexto para as intervenções ocidentais no Afeganistão e no Iraque...
O discurso é de doidos. Mas o doido tem um avançado programa nuclear...
A AFP noticiou o facto:
L'Iran célèbre sa "fête du nucléaire" par de nouvelles centrifugeuses
Le président iranien Mahmoud Ahmadinejad a célébré mardi la Journée nationale du nucléaire en annonçant l'installation prochaine de 6.000 nouvelles centrifugeuses, marquant son refus de céder aux pressions internationales sur son programme atomique controversé.

Iran: pour Ahmadinejad, le 11-septembre était un "prétexte" pour des invasions
Le président ultraconservateur iranien Mahmoud Ahmadinejad a accusé mardi les Etats-Unis d'avoir utilisé les attentats du 11-Septembre comme un "prétexte" pour leurs interventions en Afghanistan et en Irak, et a mis en doute le caractère terroriste de ces attaques.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ISALTINO, O MILAGRE...

Isaltino de Morais pode virar, mesmo em vida, muito brevemente santo, acompanhando assim quem sabe os Pastorinhos de Fátima.

Ele conseguiu o verdadeiro milagre, segundo o despacho de acusação do Tribunal Central de Instrução Criminal, de no período em que foi Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, e Ministro das Cidades no Governo do atual Presidente da Comissão Européia, Durão Barroso, entre os anos de 1993 e 2002, auferir um rendimento liquido de quase 352 mil euros.

No entanto, no mesmo período temporal, conseguiu o milagre de depositar em numerário, (el contado, para não deixar rastro) um total de 1,38 milhões de euros, nos bancos UBS, na Suíça, e KBC Bank Brussel, na Bélgica, e em contas tituladas por Paula Nunes, por intermédio desta funcionária da Câmara de Oeiras, no banco Internacional de Crédito (BIC).

Isaltino conseguiu assim o milagre de em dez anos fazer depósitos bancários num montante superior a cerca de quatro vezes o seu rendimento liquido total.

Eu, mesmo sendo Ateu, proponho desde já que se inicie uma recolha de assinaturas entre os portugueses, independentemente do seu credo religioso, afim de que a mesma seja entregue no Vaticano, ou na próxima visita do Papa a Portugal, para que se considere candidato a canonização ainda em vida, por conseguir a multiplicação de euros de um modo tão incrível...

Nem a Rainha Santa Isbel conseguiu tanto com os pães....

ROSETA TEM PÉS MAS A CABEÇA...

A senhora vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Helena Roseta, ex-PPD/PSD, ex-atual-futura-PS, e atual-de vez em quando, ‘Movimento Cidados por Lisboa’ é um caso muito serio a abordar os assuntos, digo a abordar, que não a resolver.

Ela bate aqui, escavaca ali, parte acolá, estilhaça acoli, mas de concreto nunca apresenta solução para nada.

Agora resolveu implicar com a terceira travessia do Tejo, e diz que:
"Lisboa já está completamente engarrafada de automóveis", e que, com a nova ponte prevê-se que entrem mais "cerca de 60 mil carros por dia", uma situação que no seu entender é "sem pés nem cabeça". In-TSF
Realmente se as suas estimativas, estudos, ou a visão na bola de cristal da filha do Solnado, estiverem certas este pode ser o numero exato, de viaturas que vão entrar a mais em Lisboa. Mas o que é que esta senhora tem para contrapor, contra o progresso, inevitável, e evolução da sociedade.
Será que essa senhora já observou fotos da primeira ponte, aquele que o governo de Salazar mandou construir, e quantos automóveis por lá circulavam? Estávamos nos anos 60 do século passado. Hoje estamos no inicio de um novo século, Lisboa ainda é a capital de Portugal, a população cresce em redor da grande cidade, e faz dela o seu lar diário, regressando ao fim do dia a casa, na outra margem.
Será que a senhora arquiteta quer que; quem já entra diariamente em Lisboa, continue até morrer a passar horas em filas intermináveis, porque não tem transportes públicos alternativos com a qualidade desejada, para conseguir chegar aos seus locais de trabalho.
Quer que se proíba a aquisição de automóveis a todo aquele que de minimamente a entender que algum dia poder pretender vir a entrar em Lisboa a bordo do seu carro?
Quer encarecer ainda mais as portagens das pontes já existentes, e taxar também que pretende entrar na cidade de carro, é que Lisboa é talvez a única capital do Mundo que para lá se entar se tem que pagar alguma coisa, seja de carro, barco, comboio, e até mesmo a pé?
Quer ordenar realmente e realisticamente Lisboa e o seu transito, por forma a que a cidade tenha capacidade de humanamente aceitar o transito, e os cidadãos consigam viver com alguma qualidade de vida?
Pois esta ultima pergunta/idéia, eu ainda não escutei da ‘alegre’ e sensual boca da senhora Arquiteta, e talvez enquanto Vereadora fosse precisamente a primeira idéia que deveria ter tido para nos apresentar, ao invés de lançar umas ‘larachas’ na comunicação social para dizer que esta viva, que ainda existe e para assim se olhar ao espelho, que nem ‘Narciso’.
É caso para se dizer que realmente a Roseta tem pés (para chutar tudo) mas não tem cabeça para...

QUERIDO FISCO

De uma estimada amiga (Sandra Braço Forte) recebi esta preciosidade que não pude deixar de vos deixar ler, pois pelo seu conteúdo é digna de contemplação, por todos quantos estejam a pensar casar, e mesmo pelos outros que daí podem retirar muitas e importantes lições.

Querido Fisco

No meu casamento, que se realizou no dia ..., estiveram presentes 120 convidados: 89 adultos, 9 crianças e 2 bebés. A festa teve lugar na Quinta ... do meu padrinho Luís M. que me presenteou a boda ( as cópias dos talões do talho, da mercearia e da peixaria seguem em anexo).
A minha tia Alzira S., que é costureira, fez-me o vestido e não cobrou nadinha, mas gastei 60€ em tecidos, 34,5€ nas rendas e bordados e 18,75€ em linhas, botões e alfinetes. As meias e as ligas ficaram por 35€, conforme recibos que envio. O noivo usou o fato da Comunhão Solene com umas ligeiras alterações ( a Tia Alzira não cobrou nada).
O meu irmão foi o fotógrafo de serviço. Todas as fotografias foram enviadas aos convidados por e-mail , que imprimirão as que entenderem por sua conta.
Não foi alugada qualquer viatura. Eu fui na Charrete do Sr. José M., que andou comigo ao colo e é como um pai para mim. O Manuel ( o noivo) foi de mota: a mota dele que ainda está a acabar de pagar, conforme se comprova com documento.
As flores foram todas do jardim da minha avó Margarida e a minha prima Mariana F. que é uma moça muito prendada fez os arranjos.
A animação da festa esteve a cargo do irmão e dos primos do Manuel, que têm uma banda - os "Sempr'Abrir" que merecem ter sucesso.
Não pudemos aceitar nenhum dos presentes, uma vez que não vinham acompanhados dos recibos.
Os preservativos comprou-os o Manuel naquelas máquinas que estão longas horas ao Sol (porque é um rapaz muito introvertido), mas que não dão recibos, o que me permite escusar-me a revelar o seu número, não vá, daqui a alguns anos, lembrares-te de cobrar retroativamente uma taxa pelas que foram dadas na lua de mel.

Maria Julieta Silva Chibo
Manuel António Sousa Chibo

terça-feira, 8 de abril de 2008

O HOMEM, A FRONTEIRA FINAL

“Os 40 anos de ‘2001, uma Odisséia no Espaço’ e os outros nove melhores filmes de ficção cientifica”

Primeiro, são os homens das cavernas. Depois, o monólito misterioso. Em seguida, a descoberta das ferramentas – mas também das armas. Quando menos se espera, o pulo no tempo, o espaço. A fronteira final, já tinha dito o seriado ‘Jornada nas Estrelas’. Mas para ‘2001, uma Odisséia no Espaço’ de 1968, que completou á poucos dia 40 anos e foi relançado este mês em DVD numa edição dupla, a fronteira final é o próprio homem.

Para muita gente, o filme de Stanley Kubrick é tão indecifrável quanto o próprio monólito que surge em alguns momentos de 2001. a exploração espacial ganhou doses de suspense – na luta dos astronautas contra o supercomputador HAL-9000, que enlouquece e tenta matar todos na nave Discovery a caminho do planeta Júpiter – e também muita filosofia.

2001 teoriza sobre o passado e o futuro da humanidade – um futuro que se passa no ano-título, mas que vai muito além. A odisséia final é a evolução do ser humano, o passo adiante. Não admira que os minutos finais impressos na tela seja um quebra cabeças difícil de montar.

No lançamento o impacto visual certamente minimizou esse efeito. Filmado em 70 mm, nunca antes o espaço e o futuro pareceram tão realistas. O balé das naves ao som da valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss, é apenas um dos momentos inesquecíveis.

A música do filme envolve uma das inúmeras histórias reais e lendas acerca da produção. Kubrick havia contratado Alex North, com quem tinha trabalhado em ‘Spartacus’, em 1960, para criar a trilha sonora de 2001. em cima da hora do lançamento, resolveu não usá-la e, sim, música clássica- além do “Danúbio Azul”, ficou famosa a abertura com “Assim falou Zaratustra”, de Richard Staruss. Conta-se que North só descobriu que havia ficado de fora na estréia do filme. A trilha original acabou sendo lançada no CD Alex North’s 2001.

Uma das lendas diz respeito ao nome do computador HAL. As três letras são imediatamente anteriores a IBM, marca famosa de um fabricante de computadores. Não seria por acaso... Mas Arthur C. Clarke, autor do conto original e co-autor do roteiro, diz no seu livro continuação, ‘Odisséia II’ que HAL significa Computador Heurístico Algorítimo.

Adaptando o conto ‘The Sentinel’ de 1948, Kubrick e Clarke trabalharam em paralelo; um desenvolvia o roteiro e o outro ampliava a historia para um romance – que teria nome igual ao do filme. ‘Odisseia II’ acabou virando o filme ‘2010, o Ano em que Faremos Contato’ de 1984, de Peter Hyams, sem um décimo da repercussão do original.

Se nunca fomos além da Lua nas viagens espaciais, muito do futuro imaginado em 2001 já chegou. O videofone, entre elas, mas essa não é a questão que importa no filme – e sim a trajetória do homem. E se você não entendeu o filme, não se preocupe. Pode tentar a explicação animada que está no site Kubrick 2001:

http://es.kubrick2001.com/

Mas o próprio Arthur C. Clarke, já havia dito:

- “Se você entender completamente 2001, nós falhamos. Nossa intenção era levantar muito mais questões que respondê-las”.

Renato Felix

“2001, uma Odisséia no Espaço”

1968 de Stanley Kubrick

No sentido horário, a evolução filosófica do homem, a tecnologia, o duelo entre homem e computador e Kubrick em ação, no incrível cenário de 2001

“Metropolis”

1926, de Fritz Lang

O mestre alemão concebeu um futuro em que a sociedade está dividida entre uma elite que vive na superfície e os trabalhadores que a sustentam, dando duro no subterrâneo. Como eles se reúnem em torno de Maria (Brigitte Helm, um cientista cria um robô para tomar o lugar dela e semear a discórdia. Antológico o filme inspirou inúmeros outros pelos anos seguintes, como ‘Blade Runner’ de 1982, para ficar em penas um.

“O dia em que a Terra Parou”

1951, de Robert Wise

O mundo estava mergulhado na Guerra Fria e começando a corrida espacial quando Wise dirigiu este filme fundamental, no qual um extraterrestre vem à Terra para avisar que a comunidade intergaláctica não está a fim de tolerar as nossas tendências belicistas. Quem o ajuda é uma dona de casa absolutamente normal, que também lhe dá a ele uma visão mais humana.

“Vampiros de Almas”

1956, de Don Siegel

Filme B que é uma reflexão sobre a paranóia anticomunista nos EUA. Alienígenas começaram uma invasão da Terra por uma cidadezinha norte-americana: copias sem qualquer emoção e que agem sem qualquer individualidade trocam de lugar com os habitantes. Qualquer semelhança com a idéia que se fazia dos “perigos vermelhos” não é mera coincidência. Teve três refilmagens.

“O planeta dos Macacos”

1968 de Franklin J. Schaffner

Na volta à Terra astronautas acabam parando num planeta onde os símios são os inteligentes e os humanos, tratados como animais. O conflito não demora a acontecer, numa irônica visão do papel do Homem e seus preconceitos com os “diferentes” refletidos contra si. O filme caminha para um dos mais impactantes finais da história do cinema. Teve quatro continuações e mais uma filmagem.

“Guerra das Estrelas”

1977, de George Lucas

Com elementos de faroeste e capa e espada, Lucas criou a sua saga espacial inspirada bem menos em ciência do que nos antigos seriados de aventura do cinema. No fundo, é uma história de princesas e cavaleiros com roupagem no espaço e, com ajuda do merchandising, criou uma mitologia em torno de si sem paralelo no cinema, com personagens memoráveis, como o vilão Darth Vader. Teve cinco continuações.

“E.T., o Extraterrestre”

1982, de Steven Spielberg

Spielberg já tinha mostrado, em ‘Contatos Imediatos do Terceiro Grau’ de 1977, que o alienígena não precisa ser uma ameaça – subvertendo a idéia geral do cinema nas décadas de 1950 e 1960. mas ao colocar um E.T. criança em contato com crianças da Terra, ele tocou os corações como poucas vezes o cinema conseguiu. Aqui, os adultos , que não entendem as crianças, é que são os alienígenas.

“Blade Runner, o Caçador de Andróides”

1982, de Ridley Scott

O que faz de alguém um ser humano? Blade Runner faz essa pergunta enquanto coloca um detetive (Harrison Ford) em perseguição a um grupo de andróides rebelados (os “replicantes”). Um deles, vivido por Rutger Hauer, demonstra ter uma dimensão filosófica tão grande ou maior que seu algoz, ao reinvindicar o simples direito de existir. O visual futurista de uma Los Angeles chuvosa e super populosa marcou a época.

“De Volta ao Futuro”

1985, de Robert Zemeckis

O melhor filme sobre viagens no tempo: Marty McFly (Michael J. Fox) viaja de 1985 a 1955 em um carro DeLorean. O problema fica ainda mais delicado quando ele impede, sem querer,o primeiro encontro de seus pais e sua futura mãe se apaixona por ele. O genial argumento é base para uma aventura muito divertida e esplendidamente executada. Teve duas continuações à ltura.

“Matrix”

1999, de Andy e Larry Wachowski

Aqui, a cybercultura é a alma. Neo (Keanu Reeves) descobre que o mundo em que vive é uma mentira – uma reprodução virtual criada por máquinas que escravizaram a humanidade, no mundo real. Aprender a usar esse ambiente para libertar os seres humanos é o objetivo que leva a muita pancadaria, barulho e a um coquetel de referências culturais e filosóficas.

A MARCA DO ZORRO

Esqueça António Banderas. Este aqui é o verdadeiro Zorro, o nobre que volta da Espanha para a Califórnia, descobre que a população está à mercê de políticos corruptos e do exercito e resolve fingir desinteresse por essas questões, enquanto veste uma máscara preta e uma capa para lutar por quem precisa.
Um dos maiores clássicos do cinema de aventura “A Marca do Zorro” de 1940, de Rouben Mamoulien e com Tyrone Power no papel principal, é a segunda versão da história – a primeira, tmbém antológica, é muda, com Douglas Fairbanks. De uma época em que os actores ainda eram os principais efeitos especiais de um filme, esta grande produção em preto e branco não vem acompanhada de extras no DVD. Mas tudo em: a diversão é garantida, em “A Marca do Zorro da Classic Line”.

‘Renato Felix’

TIBETE – FÉ E LIBERDADE

A China, lendária e mística, em termos de raças, é uma verdadeira colcha de retalhos.
Historicamente, etnólogos asseguram que o mais famoso “tigre asiático”, buscou, em tempos pretéritos, congraçar as minorias étnicas que representam 10% do seu universo populacional.
Honestamente, não acredito nesta versão.
O DNA daquela nação não permite gestos de tamanha liberdade.
Assim, tibetanos, mongóis, uigures e remanescentes da tribo hui vivem acalentando o sonho da liberdade.
Destes povos, o Tibete é quem vive a mais longa agonia.
Quem viu, por exemplo, o filme – “Sete anos no Tibete” – fica impactado com o sofrimento daquele povo.
De fato, a saga tibetana é um rosário de atrocidades.
Assim, quando o Partido Comunista, nos idos de 1949, num instante de rara sensibilidade política, pensou em “libertar todos os territórios chineses, incluindo o Tibete”, Mao Tse-Tung, pai e guia espiritual da revolução chinesa, indagou colérico: “Libertar quem?”. Para responder raivoso: “Religião é veneno. Degenera a raça e retarda o progresso”.
Antes Karl Marx, o criador do socialismo cientifico, já vaticinara erradamente que “a religião é o ópio do povo”.
Mao Tse-Tung, em 1950, num gesto típico de iconoclasta de plantão, ordenou a invasão do Tibete pelo Exercito de Libertação, massacrando e dizimando aquela população de visível sensibilidade religiosa, promovendo a destruição de monastérios e conventos.
Esses templos de meditação, silêncio e reflexão chegavam a 6.000.
Na década de 70, restavam apenas oito.
Um ato de vândalos destruindo altares e sufocando crenças.
Agora, às vésperas das Olimpíadas de Pequim, a fé tibetana sonha com a liberdade, no seu conceito mais amplo, aí incluída a liberdade de cultos.
Uma nação, que se propõe unir o mundo no abraço dos jogos olímpicos, não pode, olimpicamente, fazer “ouvidos de mercador” à luta, ao sonho e à saga do heróico povo tibetano.

‘Paulo Gadelha’