terça-feira, 8 de abril de 2008

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

De acordo com a educadora Mantoan (2005), Numa escola inclusiva professores e alunos devem respeitar as diferenças, sendo este o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa. O motivo que sustenta a luta pela inclusão, como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência, é, sem duvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um dos seus alunos, de acordo com as especificidades. Contudo, o sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas os deficientes são excluídos, mas também os que são pobres, os que não vão ás aulas e trabalham, os que pertencem a grupos discriminados, os que de tanto repetir desistiram de estudar.
A educação inclusiva visa acolher todas as pessoas sem exceção, seja o estudante com deficiência física, indivíduos com comprometimento mental, portadores de altas habilidades, bem como todas as minorias. Portanto, a inclusão é estar com, é interagir com o outro. A inclusão possibilita aqueles que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor a ocuparem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã inadequada.
Quanto à inclusão escolar atualmente se faz necessário proporcionar adaptações físicas, oferecer atendimento educacional especializado, paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo ambiente dos demais estudantes, respeitando sempre a lei de acessibilidade. Dessa forma uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contra/turno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem de braile e de instrumentos como soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.
Com relação ao atendimento especializado, se a escola não oferece condições, é fundamental que a mesma realize parecerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria da rede de atendimento educacional. A escola pública tem apoio previsto por lei, já na escola particular o serviço especializado pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus adicionais para os pais.
Referente à avaliação de alunos com deficiência mental é de extrema importância realizar um bom planejamento para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. A criança deve enfatizar o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. No entanto, a função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais. Portanto, o professor mesmo sem a capacidade pode avaliar, observar e verificar a aprendizagem dos alunos com deficiência.
Podemos concluir enfatizando a importância do papel do professor na educação inclusiva, independente da capacitação. O professor deve ser capaz de oferecer um trabalho de ensino-aprendizagem de qualidade, basta querer. Contudo, frente as dificuldades na sua atuação com alunos portadores de necessidades educativas, é preciso buscar ajuda com especialistas e ao mesmo tempo, realizar um trabalho interdisciplinar, visando o crescimento intelectual da criança e a qualidade de vida da mesma.

‘Ana Zélia Franca Lira’

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